Decerto, o homem em sua natureza gosta de entretenimento. Mas será que foi sempre assim? Segundo pesquisadores o homem é um animal extremamente curioso e de certa forma dependente de algum estímulo cerebral. Por essa razão estamos constantemente procurando alguma coisa para suprir essa necessidade fisiológica de se manter ocupados e estimulados.
Em outras palavras, o homem gosta de se entreter. Ou seja, sozinho, acompanhados ou a custa de outros. Além do mais nos animamos com qualquer coisa, seja por uma história cheia de aventuras, por vibrantes e coloridas, por música e também por jogos. Apesar de ter sido sempre assim, cada dia moldamos a nossa sociedade e a nossa expressão genética, embora sigamos programados para a sensação de prazer e sociabilidade.
Como definir o que significa o entretenimento?
Como o entretenimento poderia ser considerado qualquer tipo de atividade que produzimos, como poderíamos determinar o que ele é realmente? Recentemente houve muitas tentativas de conceituar a ideia de entretenimento. Contudo existe uma resistência tenaz para poder finalmente fixar um conceito para essa ideia. Dessa maneira existe uma certa complexidade e relação a definição conceitual.
Apesar da complexidade paradoxal de definir um conceito correto para o que seria o ócio, a historização desse fenômeno nos apresenta algumas ideias. Assim sendo, como outros fenômenos sociais a ideia de entretenimento surge apenas no século XVIII quando surge a diferença entre trabalho e ócio em um sentido moderno.
O surgimento histórico da ideia do entretenimento
Não faz muito tempo que surgiu uma ideia conceitual e filosófica do que seria entretenimento. Assim sendo, a nobreza necessitava dele porque não exerciam nenhum ofício regulado. Desse modo os eventos organizados pela nobreza, tais como representações teatrais, eram mais atividades comunitárias que um momento de lazer.
Em outras palavras, se não existe trabalho regulado tampouco existirá ócio. Ou seja, se não há ócio não pode existir entretenimento. Visto que no final das contas a historização é paradoxal porque antecede uma das definições do fenômeno. Em conclusão a teoria mais convincente é de que sempre existiu uma maneira de se divertir.
Uma contextualização moderna
Até que ponto o mundo em si poderia ser considerado entretenimento? Seria essa uma nova compreensão do mundo ou da realidade? Deste modo, o ambíguo conceito do entretenimento se remete a um acontecimento especial que conduz a uma totalização do entretenimento? Ou seja, se inclusive o trabalho precisa ser divertido, então o conceito inicial de entretenimento se desvencilha do fenômeno em relação ao ócio e ao trabalho.
Dessa maneia o entretenimento então seria denominado muito mais do que uma atividade que preenche o tempo livre. No final das contas, essa união de dois conceitos importante como o: entretenimento e conhecimento, não estão vinculados ao ócio. Em suma, ele, neste sentido está a margem da ideia da sabedoria.
Definição segundo Luhmann
Também para Luhmann o entretenimento não é mais que um componente moderno da cultura do tempo livre, que tem como função eliminar o tempo que sobra. Desse modo para defini-lo Luhmann toma como modelo o jogo.
Ou seja, segundo seu ponto de vista o entretenimento seria como se fossem jogos e que segundo a realidade em que são concebidos como um jogo. A partir dele se extrai a realidade normal em um espaço-tempo limitado. Em outras palavras, durante o jogo, não significa que se inicia outro modo de condução de vida, mas que em nesse momento a pessoa em si estará entretida sem estar cargada das coisas relacionadas ao mundo real.